terça-feira, 31 de dezembro de 2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Comemorar realizações... Nada melhor!
No
próximo dia 18 de dezembro, às 19:00 horas teremos uma confraternização de
encerramento das atividades de 2013. Convidamos a todos os amigos que
treinam e que já treinaram conosco, aos instrutores que nos
enriqueceram com seu conhecimento, e aos amigos que de todas as
formas apoiam nossa iniciativa. Venham comemorar conosco! Será na
tradicional Pizzaria
Fazendinha – Avenida Isabel Bueno 1082 , Jaraguá, BH.
Aproveitamos
o ensejo para fazer um rápido balanço de nossas atividades, neste
período marcado por muitas lutas e êxitos, galgados com muito
empenho, determinação e, porque não dizer, com uma boa cota de
sacrifício pessoal por parte de cada membro do grupo.
A
AMK ainda não completou um ano de existência e já tem mostrado a
que veio, provando seu compromisso com a difusão e o desenvolvimento
das Artes Marciais Filipinas em Minas Gerais. Colaborando, no mesmo
sentido, com os amigos e companheiros que pelo Brasil afora comungam
desse belo ideal.
Os
primeiros passos, neste ano de 2013, foram firmes e bem direcionados.
Os eventos dos quais participamos, bem como os que promovemos, provam
um bom começo. E quem começa bem dificilmente perde o caminho...
Em
abril estivemos presentes nas comemorações do Dia Municipal das
Artes Marciais, quando demonstramos o Kali na Câmara Municipal de
BH. No mesmo mês tivemos a alegria de participar do Segundo
Seminário Pekiti Tirsia International, organizado pelos Professores
Leandro Bazaglia e Ricardo Tavares, evento que nos trouxe uma nova
perspectiva com relação às Artes Marciais Filipinas, sob a visão
pragmática, desmistificadora e objetiva do Tuhon Bill McGrath. Nos
meses seguintes, entremeando nossa rotina de treinos, promovemos um
seminário de técnicas de combate com Karambit, outro de técnicas
de Dulo-dulo e um de Silat Cidepok, estes três eventos ministrados
pelo Professor Davide Lupidi, enciclopédia viva de artes marciais e
um amigo pelo qual temos especial carinho, cuja generosidade e
sinceridade tem sido exemplo para nós neste caminho de guerreiro.
Não bastante, realizamos dois seminários de Pekiti Tirsia Kali,
capitaneados pelo Professor Karl Greiner. Figura alegre e jovial,
homem de grande conhecimento, que nos apresentou o Pekiti “de
raiz”, e cuja trajetória pessoal no Kali inspira a perseverança
na perseguição de um ideal. Karl, junto à AMK fundou o grupo
Pekiti Tirsia MG e, no mês de outubro, nos agraciou com o privilégio
de participarmos do Pekiti Tirsia Brazil Grand Seminar, orquestrado
pelo lendário Grand Tuhon Leo Gaje. Para fechar as atividades do
ano, a convite da UNIVERSO – Universidade Salgado de Oliveira
promovemos uma apresentação, junto ao Departamento de Artes
Marciais do curso de Educação Física.
Menção
mais que especial merece o Professor Tales Azevedo, a quem muito
agradecemos pelo apoio, por meio do principal veículo brasileiro de
divulgação das FMA no Brasil, o fantástico site Arte Filipina.
O
ano de 2013 deixará boas lembranças, pelo êxito nas empreitadas, e
marcas indeléveis de muito aprendizado, muito esforço e, porque não
dizer, de útil sofrimento, afinal, o que não faltou foram
obstáculos a contornar, “pedreiras” para quebrar, uns poucos
conflitos e algumas decepções. Coisas estas que não surpreendem,
nem fazem esmorecer os que tem o verdadeiro Espírito Guerreiro.
Para
o próximo ano estamos preparando uma programação ainda melhor,
entre eventos e treinamento, que representarão significativo avanço
para todos os estudantes vinculados à AMK.
Agradecemos
a todos que estiveram conosco neste ano. Desejamos a cada um, e
respectivas famílias, toda sorte de bênçãos para o próximo ano e
para toda a vida, certos de que tudo o que tiver sido bom em 2013
será ainda melhor em 2014.
Feliz
Natal!
Feliz
ano novo!
Mabuhay!
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Kali na UNIVERSO
No dia 21 de novembro de 2013, a convite do Departamento de Artes Marciais do Curso de Educação Física da UNIVERSO, tivemos a alegria de apresentar o Kali aos professores e alunos. A demonstração foi conduzida pelo Professor Moysés Perillo, presidente da AMK, que abordou aspectos históricos e fundamentos técnicos, com especial destaque para a aplicabilidade da arte no campo prático.
Embora presentes no Brasil há algumas decadas, as Artes Marciais Filipinas ainda são pouco conhecidas, motivo pelo qual a AMK, no incessante esforço para promovê-las e incentivar sua prática, considera inestimáveis as oportunidades de apresentar o Kali ao público em geral e, em especial, ao público acadêmico, cujo compromisso com o conhecimento e sua difusão junto à sociedade eleva e agrega valor real aos frutos do engenho humano.
Agradecemos empenhadamente aos professores e alunos da Universidade Salgado de Oliveira por esse primeiro encontro. Esperamos que tenha sido proveitoso para todos. A Associação Mineira de Kali está à vossa disposição.
Obrigado.
Mabuhay!
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segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Pekiti Tirsia Kali - Amostra em vídeo.
Esse pequeno vídeo de um documentário da BBC mostra nosso Grand Tuhon Leo Gaje Jr. realizando um treinamento tradicional de facas, mãos livres (slaps) e falando sobre o Pekiti Tirsia Kali.
Destaque para as explicações de algumas particularidades do Pekiti Tirsia Kali, como:
- Drills com ênfase em ataques e não em defesas.
- Ataques visando alvos letais.
- Uso de slaps (tapas) e não de socos.
- Continuidade dos golpes, para não dar a chance do adversário contra-atacar.
"Knowing the knife or blade weapon will save your life!" - Palavras do Grand Tuhon Leo Gaje Jr.
Fonte: PTK.MG . 18.10.2013
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quinta-feira, 10 de outubro de 2013
As “desconhecidas” Artes Marciais Filipinas – IV
AS ARMAS DO KALI
Quando alguém resolve treinar Artes
Marciais Filipinas, começa aprendendo a movimentar-se corretamente
[“footwork”], o que, nas diversas Escolas de Kali, é considerado
de suma importância, porque o correto desenvolvimento de todas as
técnicas passa pela aquisição de uma boa capacidade de
deslocar-se, posicionar-se adequadamente e reposicionar-se, de modo
poder agir e inibir a ação do oponente com eficácia, ou seja,
atuar ofensiva e defensivamente. Um bom footwork pode, de fato, numa
situação real, representar a diferença entre a vida e a morte.
Mas, antes que você possa pensar
que vai passar anos apenas “andando de um lado para o outro em
formatos geométricos”, num processo monótono e desanimador,
informamos que no Kali não é assim. Junto com a movimentação você
aprende técnicas de bastão, primeiro com apenas uma arma [solo
baston ou solo yantok]. Treina tanto com a mão dominante, quanto com
a mão fraca. Trabalha para integrar os deslocamentos com a
aplicação do bastão, até que se torne fácil e natural fazê-lo.
A evolução nessa fase é marcada pelo uso de um só instrumento. Ao
bastão se segue a faca... Depois aprende a trabalhar com duas armas
e por aí vai. Paralelamente, técnicas de mãos vazias vão sendo
transmitidas ao estudante, seguindo conceitos específicos ou
baseados na “transferibilidade” [ajustamento, quando cabível, de
técnicas com armas ao uso de mãos nuas].
Após essa breve explicação,
apresentemos as armas do Kali. Ei-las:
Bastão [Baston ou Yantok] – Arma
indissociável dos aspectos didáticos da arte. Em suas origens, nas
Filipinas, tradicionalmente utiliza-se o bastão feito de Rattan, um
tipo de cipó nativo daquela região, que, após tratamento térmico,
adquire a forma típica da arma. O Rattan é extremamente leve e
resistente; sua aparência lembra o bambu, por causa dos nós que
apresenta, porém é maciço, e, ao se quebrar, não produz farpas ou
lascas pontiagudas. Mas o bastão de treinamento não se limita a
esse tipo tradicional. Ele pode ser fabricado com diversos materiais
resistentes, que são mais comuns e acessíveis em nosso país. Em
relação às demais características, a arma varia em comprimento,
entre sessenta e oitenta centímetros em média, dependendo dos
parâmetros adotados por cada Escola. O diâmetro mais comum [e
confortável de empunhar] é de cerca de 25 mm. Nós adotamos os
feitos de Nylon ou Polietileno Alta Densidade [PEAD], por serem
altamente resistentes, fáceis de encontrar e de baixo custo.
Tradicionais bastões de Rattan |
Bastões de treinamento em Nylon Bastão retrátil ["tático"] |
Faca [Daga] – No passado uma
típica arma, hoje considerada mais uma ferramenta, a faca é
instrumento que conta com uma das maiores variedades de design,
tamanho e funcionalidades que existe. A faca, a despeito de se
apresentar em amplas variedades, preserva suas características
fundamentais [cabo, gume e ponta] desde os primórdios da
civilização. Teoricamente, desde que não seja exageradamente
pequena, a ponto de não se prestar para o combate, ou grande, a
ponto de se tornar outra categoria de lâmina, como espada ou facão,
qualquer faca serve para o Kali. Mas é preferível pautar-se o
estudante pelos modelos chamados “facas de combate”, por causa de
suas qualidades [empunhadura anatômica, grande resistência, boa
manutenção de corte e confiabilidade como ferramenta] mais
adequados adequados ao treinamento marcial e, eventualmente, a
aplicações reais [não só combate como de sobrevivência]. Antes
que você se assuste, amigo leitor, esclarecemos que, embora as
técnicas que você aprenderá sejam pautadas no uso real da faca, em
combate ou defesa, os treinamentos se dão com facas de materiais
seguros, como borracha, madeira, metais leves [sem corte] ou espuma
densa, e com uso de óculos de proteção. Pode treinar sossegado...
"Dagas" de treinamento - borracha e acrílico |
Modelos reais diversos |
Facão – Entre as lâminas longas mais famosas destacam-se as espadas, rodeadas de arte e de lendas, cujo uso não tem sentido prático nos tempos atuais. Por isso nos referimos às lâminas longas mais comuns, destacando aqui o bom e velho facão. Além desse, por mera aproximação e pela mecânica corporal aplicada no manejo, podemos incluir entre as lâminas longas alguns tipos de facas de grande porte, como a Kukri nepalesa, as Bowies “gigantes” de caça, etc, que são mais adequadas para golpes amplos, cortantes, de trajetória circular. Caso deseje conhecer [e mesmo comprar] as belas e magníficas lâminas filipinas tradicionais, como o Ginunting, o Kampilan e o Barong, indicamos o site traditionalfilipinoweapons.com. Esse site deixa a gente com vontade de ter uma...
O bom e velho facão de mato... |
Barong - Lâmina tradicional Filipina |
Ginunting - Lâmina tradicional Filipina |
Karambit – Se você acompanha
nossos textos, já deve saber, pelo menos de vista, o que é um
Karambit. Considerada, ao lado da Kukri nepalesa, uma das facas mais
eficientes como instrumento de combate, trata-se de uma lâmina
“diferente” e praticamente desconhecida no Brasil. Sua origem é
indonésia, embora tenha sido incorporada há séculos ao arsenal
filipino tradicional. Seu nome significa, conforme fontes facilmente
encontráveis na web, algo como “garra de tigre”, devido ao seu
formato peculiar. Ela conta com um anel na extremidade do cabo e sua
lâmina é curva como uma garra. Usada em combate a curtíssima
distância, exige treinamento específico, de modo que não venha a
ferir quem a maneja. Devido ao design, o Karambit [ou Kerambit],
usado com propriedade e conhecimento, revela-se extremamente eficaz,
mesmo quando a arma tem tamanho bem diminuto. Quem já assistiu a
algum documentário sobre grandes felinos sabe em que estado fica a
presa abatida sob as garras do predador. O efeito do Karambit é bem
semelhante...
Três modelos de Karambit |
Karambit artesanal - Feito por um estudante |
Modelos de treinamento em PVC e Acrílico |
Chicote [Latigo] – Também
denominado “látego”, em bom Português, trata-se de uma arma
flexível, destinada essencialmente a contundir, que se apresenta em
diversas configurações e tamanhos. Alguns se assemelham a bastões
flexíveis, como o Sjambok sul-africano; outros são curtos e
dotados de cabos, como as famosas “tacas” e os “relhos”,
muito comuns ao interior do Brasil; outros são longos, como o
“chicote de estalar”, do tipo “Indiana Jones”, e por aí
vai, conforme sua origem. Adotamos nos treinamentos o chicote longo,
arma que exige bastante estudo para dominar, geralmente usada como
apoio, em conjunto com a faca [chicote em uma das mãos e faca na
outra]. Como citado acima, existem muitas variedades da arma, como o
“chicote de corda”, e aquele chicote que é “a cara da
crueldade” [um tipo de relho cortante, que era usado para castigos
severos no velho Império Romano...]. Exemplos podem ser melhor
vistos e conhecidos nesta obra: The Filipino Whip [O Chicote
Filipino], que você encontra listado em nossas sugestões de
leitura - ao lado - livro em Inglês. Para finalizar sobre o
“Latigo”, respondemos a uma possível pergunta: Para que treinar
com chicote? A resposta é: Primeiro, e mais importante, para
aprender a lidar com movimentos complexos e de controle difícil, que
favorecerão em muito sua coordenação motora. Segundo, pode ser
que, numa situação real você não tenha um chicote ao alcance das
mãos, mas, quem sabe, um pedaço de corda, ou de corrente, possam
estar por perto...? Outra possível pergunta recai sobre a
potencialidade “mortal” do chicote. Embora essa arma seja
fascinante e tenha lá seus entusiastas, e dentre esses possa haver
quem apregoe que é uma arma “letal”, consideramos que se trata
de um instrumento de baixa letalidade, destinada mais a ferir, a
dissuadir pela dor, a dar cobertura [mantendo os oponentes à
distância] durante um confronto. Entretanto, devemos considerar que
há chicotes [especialmente os mais curtos] capazes de provocar
ferimentos seríssimos e potencialmente letais, a exemplo do Sjambok, aludido acima, que na
África do Sul, nos tempos do tenebroso Apartheid, era aplicado “sem
cerimônias” pelas forças policiais, para reprimir “desordens”
civis.
Dulo-dulo – Trata-se de um
pequenino bastão, de design variado, cujo comprimento pouco escapa
da palma da mão, por isto chamado ainda “palm stick” [bastão de
mão, literalmente]. Arma muito eficaz e discreta, naturalmente
incorporada às técnicas de mãos vazias. É altamente adaptável
[por transferência] a algumas técnicas de bastão e de faca. O
dulo-dulo é usado para contundir, controlar e imobilizar, atuando
sobre feixes musculares ou nervosos, podendo mesmo causar fraturas em
ossos mais expostos [como os cranianos], dependendo do material com o
qual seja feito. Extremamente eficaz quando devidamente utilizado,
talvez seja dentre todas a arma mais fácil de se improvisar em caso
de emergência, pois, uma vez que se saiba utilizá-lo, até mesmo
uma caneta, um telefone celular, uma escova de cabelo, uma pequena
lanterna, ou outro objeto de pequenas dimensões pode ser usado como
a arma original.
Dulo-dulo em PEAD e artesanal, feito por um membro da AMK |
Existe uma grande variedade de armas
no universo das Artes Marciais Filipinas e do Pencak Silat [arte
marcial irmã, predominante na Indonésia, Malásia e Brunei], dentre
lâminas e de impacto, como o bastão longo [sibat], o Kris [ou
Keris: aquela lâmina sinuosa típica da Malásia] e a famosa
Balisong [ou Butterfly] aquela faquinha articulada, muito usada em
manobras rápidas e “acrobáticas”, algumas com certa função
prática e outras como mero exercício de habilidade e coordenação.
Neste texto procuramos nos restringir ao armamento mais comum e
funcional, considerando os instrumentos que sejam mais acessíveis ao
estudante de Kali, pois, como disse um amigo, se as armas são o
“arroz com feijão” da arte, elas devem estar ligadas ao dia a
dia do praticante.
Balisong |
Ainda sobre armas, vale salientar
que muitas [mas, nem todas] técnicas do Kali são altamente
adaptativas por “transferibilidade”, pois, a exemplo do
dulo-dulo, podem as mesmas ser aplicadas com as chamadas “armas
impróprias”, que são as improvisadas [o que é muito útil numa
situação de defesa pessoal], de maneira que, uma vez tendo
aprendido satisfatoriamente as técnicas, por exemplo, de bastão,
nada impede que, como tal, seja utilizada uma bengala, um
guarda-chuva, ou uma revista enrolada. Um simples abridor de cartas,
ou uma chave-de-fenda, podem ser usados com técnicas de faca e
assim por diante, inclusive com as mãos vazias [pois o movimento é
a alma da técnica]. Quem já assistiu ao filme “A identidade
Bourne” teve a oportunidade de ver Kali aplicado com uma caneta
servindo de arma numa das lutas... Sim, o Kali foi utilizado nas
principais sequências de luta do filme, assim como em vários outros
[confira na lista ao lado].
Na próxima postagem trataremos das
técnicas de mãos vazias. Não deixe de conferir!
Mabuhay!
R.Teixeira
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Mabuhay!
R.Teixeira
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Segundo Seminário Pekiti Tirsia Kali - MG
Nos dias 31 de agosto e
primeiro de setembro de 2013 foi realizado pela AMK o Segundo
Seminário Pekiti Tirsia Kali MG, conduzido pelo Professor Karl
Greiner. Mais um final de semana de intenso treinamento, repleto de
novas técnicas e de refinamentos aplicados à matéria ministrada no
Primeiro Seminário. Desnecessário tecer maiores considerações
sobre a qualidade do evento, regido mais uma vez ao ritmo da
impecável didática do Professor Karl.
E neste próximo final
de semana, lembramos, ocorrerá em Ubatuba SP o Pekiti Tirsia Brazil
Grand Seminar, comandado pelo lendário Grand Tuhon Leo T. Gaje Jr.
Quem já se inscreveu arrume as malas, pois será um momento
histórico para as verdadeiras Artes Marciais Filipinas no Brasil!
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sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Uma lenda viva das Artes Marciais Filipinas – Em setembro no Brasil!
No próximo mês de
setembro ocorrerá em Ubatuba-SP o Pekiti Tirsia Brazil Grand
Seminar. É uma oportunidade rara, senão raríssima, de aprender
com um Mestre que representa diretamente as origens de uma das mais
consagradas Escolas de Artes Marciais Filipinas. O lendário Grand
Tuhon Leo T. Gaje Jr. , herdeiro direto e repositório vivo do Pekiti
Tirsia Kali, estará conosco para dois dias de intenso aprendizado.
Oportunidade
imperdível! Entre em contato com o Professor Karl Greiner,
inscreva-se e participe!
E tem mais: Neste final de semana teremos o Segundo Seminário Pekiti Tirsia MG!
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segunda-feira, 26 de agosto de 2013
As "desconhecidas" Artes Marciais Filipinas - III
COMO O KALI FUNCIONA?
Baseiam-se no uso de armas as FMA [Filipino Martial Arts], que doravante trataremos, para simplificar, por KALI [ou outra expressão, quando for o caso]. Sim, o Kali fundamenta-se no aprendizado de técnicas armadas, mas não se restringe a estas, como se verá. Vai muito além, configurando uma arte marcial riquíssima e completa em todos os fundamentos e instâncias de combate.
A premissa básica da filosofia de “arte marcial armada” é lógica e fácil de ser entendida: O ser humano nasce fraco. Dentre as criaturas de Deus certamente é a que mais depende de apoio externo desde que vem ao mundo. Não pode, por si só, coisa alguma; nasce sem pelos, sem dentes, sem consistência muscular, sem coordenação motora, sem
a força instintiva que lhe permita lidar de imediato com o meio
ambiente. Em sobrevivendo ao nascimento, se desenvolve totalmente dependente e amparado por outros; não lhe crescem presas, nem garras e nem lhe reveste o corpo uma carapaça, nem couraça, nem espinhos que o possam naturalmente vir a proteger quando adulto. A criatura crescida continua no todo fraca, a despeito dos músculos que possa desenvolver e da força física que possa ostentar. Entretanto, por ser dotado de inteligência, o homem acabou por suplantar as ameaças naturais e, também, as impostas por seus semelhantes, por uma genial ideia: valer-se de instrumentos extensores da própria capacidade física e de suas limitações naturais. Assim, afirmam os estudiosos, que de toscos pedaços de madeira, das pontas de ossos, das lascas cortantes de sílex, nasceram as armas, que seguiram evoluindo pelo domínio dos metais. E foram as armas que, em importantes aspectos, abriram as portas para a sobrevivência de nossa espécie, propiciando o estabelecimento da civilização organizada. Logo, o homem se vale de armas, antes mesmo de contar com suas próprias capacidades naturais, quando o assunto é sobreviver, fazer prevalecer suas conquistas, garantir sua liberdade. As Artes Marciais Filipinas seguem, por assim dizer, o curso da civilização... Mas nem só de armas é feito o Kali, pois, paralelamente às técnicas armadas [que compõem o início do aprendizado], o estudante recebe instrução em técnicas desarmadas, das quais falaremos adiante. A arte é completa!
Os filipinos assumiram cedo essa verdade, que diz respeito à fragilidade humana. Por isso cuidaram de desenvolver toda uma cultura guerreira baseada no refinado uso de instrumentos de combate, que permanece até nossos dias sob a forma das Artes Marciais que chegaram até nós. Estando isto bem compreendido, talvez venha à sua mente, caro leitor, uma pergunta, que bem poderia ser esta: Então, será o Kali uma arte marcial muito violenta? A resposta mais óbvia e comum a esta pergunta é totalmente equivocada, pois é justamente o treinamento com armas que faz do Kali uma arte marcial que conta com aprendizado nada violento, uma vez que o estudante é educado, antes de tudo, para proteger-se e preservar a integridade física de seus companheiros de treinamento, mesmo nos exercícios mais simples. Você, que os lê os sucessivos capítulos deste ensaio, não irá se ver [no dia a dia do treinamento] exposto aos desanimadores incidentes e lesões, características comuns às outras artes marciais ditas “de contato”, a exemplo dos socos violentos aos quais um boxeador está sujeito [e recebe] a cada treino; das superextensões musculares danosas, dentre um sem-número de lesões bem conhecidas por lutadores de modalidades marciais muito populares, especialmente as que prezam muito os aspectos esportivos e competitivos. Que nos perdoem os que defendem posição diversa, mas entendemos que o Kali não é uma arte marcial de natureza desportiva, e menos ainda, competitiva. É, literalmente, marcial...
O Kali, por ser uma arte cujo estudo começa com armas, desenvolve uma percepção espacial ampliada, refina os reflexos, aumenta a coordenação motora, torna real o senso de proteção/defesa e melhora a percepção de distância. Afinal, usando novamente o exemplo das artes marciais mais conhecidas do público, você pode se dar ao “luxo” de ser atingido por um soco ou por um chute, pois é provável que você termine com uma forte contusão, ou um osso quebrado que seja, na pior das hipóteses, durante o treino. Ser atingido por uma arma é coisa bem mais difícil de suportar, pois o menor dano produzido por uma arma costuma ter consequências mais dramáticas que o desfalecimento induzido por um soco certeiro. Para se ter uma ideia mais clara, pense nas prováveis e inúmeras consequências de um golpe recebido com objeto contundente ou no corte proporcionado por uma pequena lâmina...
O praticante de Kali, “kalipi” [como alguns gostam de chamar], “eskirmador”, ou “arnisador”, aprende a se proteger contra a ação de armas diversas, inclusive em ataques feitos por mais de um oponente. Pode-se argumentar que as demais artes marciais também contam com aprendizado nas armas, porém tal argumento cede em face de três motivos práticos e filosóficos:
1) nas demais artes, como as chinesas e japonesas, as armas são bastantes específicas, típicas da herança cultural das mesmas e, no mais das vezes, seu aprendizado se dá quando o aluno já alcançou considerável grau de evolução na arte e está pronto para mais aperfeiçoamento. Assim, é distante ou remota a efetiva possibilidade do estudante manter seu foco prioritário nas armas, como recursos de sua arte para a vida comum;
2) na maioria dos casos, devido às características do próprio armamento [das artes mais conhecidas], seu uso é impraticável. Afinal, ninguém sai por aí levando consigo uma lança, uma espada de samurai ou um bastão longo [e nem se pode esperar encontrar uma arma dessas em caso de necessidade];
3) a filosofia geral das artes marciais mais populares gira em torno das técnicas de mãos vazias, contemplando aspectos muito salutares da vida, como os esportivos e os terapêuticos. Esses aspectos, porém, se apresentam cada vez mais distanciados das possibilidades de aplicação do conhecimento marcial em seu sentido fundamental, tanto que, na maioria delas, para quem deseja “saber se defender”, são ensinados de maneira diversificada, conjuntos selecionados de técnicas a título de “defesa pessoal”. O mesmo se dá no contexto esportivo de muitas artes marciais, exercitando-se o estudante quase que exclusivamente em técnicas admitidas nas diversas competições.
No Kali, razões de ordem prática, muito comprometidas com a finalidade primordial das artes de combate, explicam a ênfase no estudo e treinamento com armas, que reside sobretudo na filosofia de que, no centro das necessidades individuais, está a de sobreviver, o que implica em livrar-se de maneira eficaz, efetiva e rápida. Por isso, todo o corpo de ensinamentos se volta para formar pessoas equilibradas, centradas, confiantes e hábeis, caso se vejam necessitadas de enfrentar conflitos reais. Uma bela característica acaba surgindo desse aprendizado, qual seja a íntima cultura da verdadeira paz, que nasce no estudante, cujo discernimento se amplia e vai se tornando cada vez mais concretamente consciente e seguro com relação a si mesmo e aos semelhantes, desenvolvendo em si equilíbrio emocional, humildade, tolerância. Enfim, maturidade interior, de quem valoriza profundamente a vida e sabe vivê-la cada vez mais sem medo e sem a ansiedade tão presentes na vida moderna. As Artes Marciais Filipinas constroem o espírito “guerreiro” e, por isso mesmo, edificam o espírito de paz e harmonia, pois o verdadeiro guerreiro é quem melhor conhece o valor da paz.
Embora haja muita diversidade de entendimentos na questão do que se convencionou chamar de “defesa pessoal”, nossa postura é de que é desnecessário e mesmo inconveniente destacar de uma arte marcial um conjunto de técnicas e propô-las como sendo de “defesa pessoal”, pois toda a arte é voltada, em sua origem, para defesa, no mais amplo sentido do termo. Afinal, em última análise, defesa pessoal propriamente dita é ação, medida e contramedida racionalmente aplicada - se for o caso - diante de um perigo. Ao praticante cabe determinar o alcance, a extensão e a profundidade dessas medidas e contramedidas, consciente de que poderá sofrer danos sérios ou letais, se vier a subestimar o perigo, ou ver-se obrigado a responder pelos excessos que possa vir a cometer em defesa própria ou de terceiros. Voltaremos a tratar deste tema em ensaio futuro, quando empreenderemos a análise e discussão dos aspectos legais da prática e aplicação do Kali em contextos diversos.
Como andamos falando muito em armas, a pergunta seguinte provavelmente é: Mas que armas são essas? É o que veremos na próxima postagem...
R.Teixeira
R.Teixeira
Parte I - Introdução
Parte II - Como surgiram as FMA
Parte IV - As armas do Kali
Parte V - Com as mãos vazias
Parte VI - Quem pode praticar Kali
Parte VII - O Kali diante do mundo
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quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Pekiti Tirsia Kali Brasil - Seminários em MG
Nos
próximos dias 31 de agosto e 01 de setembro de 2013 teremos o
Segundo Seminário Pekiti Tirsia Kali Minas Gerais, com a
presença do Professor Karl Greiner.
Em
sua segunda visita ao nosso Estado, Agalon Karl Greiner [líder do
PTK-Brasil] dará prosseguimento ao programa de treinamento
curricular junto ao grupo fundado no âmbito da AMK, mais uma vez nos
transmitindo o legítimo conhecimento marcial do Pekiti Tirsia
Kali.
O
evento representará, ainda, uma etapa preparatória para o Pekiti
Tirsia Brazil Grand Seminar, que ocorrerá no mês de setembro em
Ubatuba – SP e que será ministrado pelo lendário Grand Tuhon
Leo T. Gaje Jr., herdeiro direto e repositório vivo desse
fantástico Sistema de Artes Marciais Filipinas.
Pekiti Tirsia é uma das mais tradicionais e respeitadas Escolas de Kali, possuindo
riquíssimo repertório de técnicas, cuja eficácia se comprova ao longo
de pelo menos dois séculos de franca aplicação em muitas situações reais
de combate. O Pekiti tem por uma de suas características mais marcantes a postura ativa nos
conflitos, isto é, a efetiva atitude de neutralizar a ameaça, que torna
clara a inutilidade da “passividade defensiva”, ingenuamente apregoada e
ensinada a título de defesa pessoal. Pekiti Tirsia Kali é hoje ensinado junto a forças militares de elite em diversas partes do mundo,
pois aperfeiçoa sobremaneira a formação de tropas especiais,
especialmente no quesito combate aproximado e corpo-a-corpo, armado e
desarmado, onde é comum restarem lacunas no treinamento. Por isso, e por
muito mais, o Pekiti Tirsia Kali se mostra uma refinada Arte Marcial, ideal para atender às necessidades reais de defesa pessoal, cada vez mais exigidas no contexto de crescente violência das coletividades urbanas.
Seja
homem ou mulher, jovem ou idoso, vale a pena aprender essa incrível
Arte Marcial! Vale a pena conhecer melhor a si mesmo e descobrir o
próprio potencial!
Venha treinar conosco!
Contato:
amkalimail@gmail.com
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